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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Poesia numa hora dessas?!

Insatisfação, segundo o dicionário: descontentamento, desprazer, contrariedade, aborrecimento. Mas não precisamos ser filólogos para compreender perfeitamente seu significado. Abrimos os jornais, ouvimos notícias nas rádios, caminhamos pela internet, assistimos a telejornais e esse é o sentimento que domina a cena. Em todos os âmbitos, o que se vê é um total descontentamento com tudo. Com a própria vida. Não sabemos mais onde começa ou termina a insatisfação, se de dentro pra fora, ou se de fora pra dentro. A interior alimenta a exterior e vice-versa. E, junto: um desânimo, um desalento, um desencanto. Haja esperança! Lembro de um livro lindo, do Luís Fernando Veríssimo, chamado: “Poesia numa hora dessas?!”
Porque a esperança a gente encontra nas coisas simples, na poesia, nas possibilidades de ser, que são movimentos pouco usuais. Não dá nem tempo de pensar nessas coisas. Mas é daí que vem o sal, que vem o alimento diário para a rotina desanimadora. Como falar de beleza, em que momento contemplar com admiração o outro, ouvir uma música que te leve pra longe? “O pobre sedutor” - LFV Não tenho onde cair morto, ando matando cachorro a grito com uma mão atrás e outra na frente, tou duro, tou na pior, tou chamando urubu de 'meu louro', numa merda federal, com a corda no pescoço, endividado até a alma e entrando pelo cano. Mas, em compensação, te amo. Entendeu?

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